Previdência Complementar: saiba mais sobre esta fonte de renda

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Previdência Complementar: saiba mais sobre esta fonte de renda

Com os debates acerca da Reforma da Previdência que tomou o Brasil nos últimos anos, a aposentadoria se tornou uma das principais pautas financeiras entre os brasileiros, dessa forma, diversos temas ligados a este plano ganharam relevância, com destaque para Previdência Complementar.

O que não foi à toa, afinal o entendimento sobre a Previdência Complementar pode fazer com que a pessoa consiga se aposentar e manter sua qualidade de vida. Assim, é natural que este assunto esteja na pauta de profissionais como consultor de investimentos.

O que é Previdência Complementar

Um plano de previdência complementar é um regime previdenciário opcional, cujo foco, como o próprio nome indica, é a geração de uma renda complementar ao contribuinte, indo além do valor pago pela Previdência Social e pelo Regime Geral.

Ou seja, este é um produto que permite ao trabalhador possuir uma renda extra ao se aposentar, tendo assim uma melhor qualidade de vida.

Ainda mais em um período em que o Instituto Nacional de Seguro Nacional passa por diversas reformulações, que limitam especialmente a Previdência Social.

Assim, é natural que a população esteja buscando alternativas de investimentos que visem dar segurança no longo prazo.

Vale ressaltar que este tipo do produto pode ser operado pelas entidades abertas de Previdência Complementar e pelas entidades fechadas de Previdência Complementar.

Entendido a relevância deste tipo de investimento, também é necessário entender os tipos que existem no mercado.

Tipos

A Previdência Complementar pode ser dividida em duas frentes, são eles:

  • Previdência Complementar Aberta;
  • Previdência Complementar Fechada.

Aberta

Previdência Complementar Aberta é um produto em que todos têm acesso, isso é, é possível investir neste tipo de produto independente de ter alguma ligação direta com a instituição financeira responsável pelo meno.

Assim, este produto serve com um fundo previdenciário para quem tem seu foco voltado no longo prazo.

Entre as vantagens deste tipo de negócio, é possível listar três:

  1. Tributação;
  2. Resgate;
  3. Liberdade ao investidor.

No primeiro ponto, é possível ressaltar que em fundos previdenciários o imposto só incide no momento em que o contrato entre investidor e instituição financeira contratada se encerra.

Dessa forma, este imposto é cobrado de forma regressiva, ou seja, a alíquota paga diminui ao longo do tempo.

Portanto, por quanto mais tempo aquele valor estiver investido, menor será o valor a ser pago em tributos.

Enquanto, o segundo e o terceiro ponto se cruzam, isso porque uma das grandes vantagens do fundo previdenciário é a liberdade no momento de se resgatar o capital investido.

Tal processo pode ser feito integral, isso é, resgatando todo valor de uma só vez.

Ainda é possível resgatar por períodos ou este resgate ser vitalício, ou seja, aquele valor será divido e pago ao longo da vida do investidor, um modelo de pagamento mais semelhante à Previdência Social.

Nesse sentido, o investidor pode optar pela opção que encaixa melhor em seu perfil.

Contudo, é necessário ressaltar a questão de como os impostos interferem ao longo do tempo neste fundo previdenciário.

Fechada

Já a Previdência Complementar Fechada, como o próprio nome indica, não é aberta à toda população, sendo que este produto é oferecido por empresas públicas e privadas aos seus funcionários.

Este tipo de produto é conhecido como fundo de pensão, sendo que suas vantagens vão de acordo com cada empresa e associação que oferece este produto.

Importância

Tão relevante quanto entender o funcionamento e tipos de previdência complementares, é compreender a importância de se investir neste produto.

Como citado neste texto, a questão envolvendo aposentadoria ganhou espaço na pauta pública nos últimos anos, especialmente pelas reformulações que ocorreram no meio.

Tal fator faz com que surja uma insegurança sobre o INSS, especialmente é porque as projeções indicam que a parcela da população com direito à Previdência Social aumenta.

Ou seja, o natural é que o órgão tenha cada vez mais dificuldade em pagar os valores referentes a aposentadoria da população.

Talvez este seja o principal motivo para se investir em uma Previdência Complementar.

Afinal, uma aposentadoria complementar pode possibilitar uma vida mais tranquila e segura na questão que envolve finanças.

Assim, ao trabalhador, vale ficar atento se este tipo de investimento lhe interessa, as opções disponíveis e a que melhor se encaixa em seu perfil.

Pois, este cuidado de pensar no longo prazo gera benefícios no futuro.

Todavia, é necessário apontar que existem outros tipos de investimentos voltados ao longo prazo, além de fundos previdenciários, que podem ser mais interessantes ao investidor.

Tanto na questão de rentabilidade, quanto de taxas.

Portanto, é necessário reforçar que tanto o investidor quanto o profissional que atua no campo devem sempre analisar as opções de investimentos. Além de definir os seus objetivos.

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Diferença da Previdência Complementar e Previdência Social

Previdência Complementar: saiba mais sobre esta fonte de renda

Uma das confusões possíveis relacionados ao tema ocorre entre as diferenças entre o Plano de Previdência Complementar e a Previdência social.

Inicialmente, é possível destacar três diferenças notórias existentes entre estes produtos. São elas:

  • Regras;
  • Obrigatoriedade;
  • Insegurança.

No primeiro ponto, é necessário destacar que existem uma série de regras em torno da Previdência Social, algo que não ocorre quando o assunto é Previdência Complementar, pois há menos burocracia neste produto.

Assim, é necessário que o beneficiário da Previdência Social siga uma série de normas para ter o benefício completo.

Outro ponto de diferenças entre ambas é na questão de obrigatoriedade.

No caso da Previdência Social, todo trabalhador registrado em CLT ou que atua profissionalmente no setor público deve aderir a este produto, sendo uma forma do Estado de garantir o bem-estar da sua população em fases mais avançadas da vida.

Por fim, há um ponto já citado neste texto. A insegurança acerca do INSS no longo prazo.

Como visto, as características da população brasileira tem mudado nas últimas décadas.

Além disso, as reformas ligadas ao setor trabalhista e previdenciário também afeta o produto de previdência do INSS.

Todos esses fatores fazem com que haja uma insegurança sobre o futuro da Previdência Social.

Algo que não interfere tanto na Previdência Complementar, pois é um produto sem caráter obrigatório e com regras e normas diferentes.

Portanto, a Previdência Complementar pode ser vista hoje como um complemento para Previdência Social, todavia este é um cenário em mudança, necessitando certo cuidado. Não à toa, este é um dos temas de estudo para quem deseja obter a Certificação de Especialista em Investimentos Anbima, a CEA.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).