Quando o assunto é mercado financeiro, existem diversos termos que ouvimos com certa frequência, mas que nem sempre conhecemos com propriedade. A chamada “carteira de investimentos” pode ser um deles.
Porém, saber o que é e como montar uma carteira de investimentos de forma efetiva é fundamental para obter sucesso em suas aplicações financeiras.
O que é uma carteira de investimentos?
Carteira de investimentos é um termo utilizado dentro do mundo dos investimentos para se referir a junção de todas as aplicações que uma pessoa decidiu realizar com o dinheiro. Também pode ser chamada de cesta de investimentos ou então de portfólio de investimentos.
Em outras palavras, ao longo de sua jornada como investidor, todos os seus investimentos formam a sua carteira de ativos.
Um dos objetivos da carteira de investimentos é fazer com que os recursos do investidor, de forma geral, sejam valorizados com o passar do tempo.
O que é a carteira recomendada?
Apesar de serem termos parecidos, a carteira de investimentos recomendada, como o nome sugere, é uma carteira montada com base nas recomendações de especialistas.
Esse tipo de portfólio é feito por corretoras e também por empresas de análise do mercado de investimentos.
O objetivo desse tipo de carteira é o de indicar tipos de aplicações que tendem a ter melhor desempenho em um período ou em determinado cenário. As situações mais comuns são as alterações políticas e econômicas.
Assim, ela busca auxiliar o investidor em momentos em que possui dúvidas sobre onde investir, quanto investir, quando comprar e até mesmo quando vender cada tipo de ação.
Junto a isso, esse tipo de carteira também oferece um conhecimento mais profundo sobre o mercado e os investimentos indicados. Afinal, são normalmente anexados relatórios com análises detalhadas sobre os esses investimentos.
O tipo de carteira recomendada mais encontrada é a mensal de ação, pela qual as instituições do mercado financeiro recomendam ações que terão provavelmente resultado positivo em um mês inteiro.
Por que é importante possuir uma carteira de aplicações?
A carteira de investimento é parte importante na estratégia de investimento, portanto, é fundamental que seja bem estruturada.
Um atributo particular de uma boa cesta de investimentos é uma rentabilidade positiva que sofre pouco ou nenhum efeito colateral consequente do cenário político-econômico.
Por outro lado, quando a carteira de ações não é bem estruturada, o retorno tende a ser negativo e traz prejuízos ao investidor.
E ao contrário do que se acredita, é possível montar uma boa carteira sem necessariamente investir uma alta quantidade de dinheiro.
Ou seja, é possível iniciar no mundo dos investimentos mesmo com valores considerados mais baixos.
Melhor estratégia para ter uma carteira de investimentos bem estruturada
Seja em menor ou maior intensidade, o risco sempre estará presente nos investimentos.
Nesse sentido, a melhor estratégia para torná-lo cada vez mais baixo em relação à sua carteira é ter uma carteira diversificada, ou seja, não depositar todo o patrimônio em somente um tipo de investimento.
É através da diversificação das aplicações que o investidor se torna mais propenso a estreitar relações entre o risco e o retorno dos investimentos.
Vale ressaltar que para quem opera com valores mais baixos essa estratégia não é tão impactante porque normalmente os ativos não possuem liquidez diária.
Porém, isso não faz com que a diversificação deixe de ser interessante para pessoas com um baixo valor investido.
Logo, podemos concluir que para chegar a melhor carteira de investimentos, seja para pessoas já experientes sobre aplicações como para iniciantes, um fator crucial é a diversificação de ativos.
Afinal, isso garantirá que o investidor obtenha sempre bons rendimentos mensais, mesmo que algum investimento não tenha um resultado satisfatório.
Portanto, para possuir uma cesta de investimentos bem estruturada, o ideal é seguir os seguintes critérios:
- É importante escolher os ativos respeitando o seu perfil de investidor;
- Fazer de forma diversificada, ou seja, em diferentes ativos;
- Defina objetivos para seus investimentos;
- Defina prazos para os investimentos;
- Entenda a sua tolerância ao risco;
- Limite um valor de aporte mensal;
- Tenha disciplina de investir todo mês aquilo que estipulou.
Como o perfil do investidor impacta sua carteira de investimentos?
O perfil do investidor é um ponto crucial que irá definir como será composta a cesta de aplicações.
E tendo em vista que temos três possíveis perfis, existem também três possibilidades de carteiras. De tal forma, temos os perfis:
- conservador: aquele que tem menor tolerância contra riscos e prefere aplicar seu dinheiro em ativos de menor rendimento, mas de menor risco;
- moderado: um investidor que passa a aceitar riscos a longo prazo, mas não fica muito exposto à possibilidade de perder dinheiro; e
- investidor agressivo: diferente dos anteriores, esse perfil é mais propenso a arriscar uma vez que deseja lucro, mesmo que para isso seja necessário perder em curto prazo.
Assim, temos a criação de diferentes tipos de carteira, uma conservadora, uma agressiva e uma carteira de investimentos moderada.
Neste último tipo de portfólio, pode ser elaborada uma carteira de fundos imobiliários, destinada para investidores que almejam rendimentos mensais de forma constante e isento de Imposto de Renda, por exemplo.
Vale pontuar ainda que o conhecimento do perfil de investidor é o passo inicial para montar a cesta de aplicações.
E isso ocorre à medida que, dessa forma, a pessoa consegue analisar qual é a tolerância que possui para com os riscos e as possibilidades de retorno.
Como montar uma boa carteira de investimentos?
Para responder à dúvida sobre como montar uma carteira de investimentos, separamos uma série de passos os quais você pode seguir.
O primeiro deles é conhecer o perfil de investidor.
Em seguida a isso, devem ser analisados mais três pontos:
- qual a renda disponível para investimentos;
- o quanto você conhece sobre o mercado financeiro; e
- quanto do patrimônio disponível você pretende investir.
Uma vez ponderados estes pontos, o próximo passo é conhecer, ou traçar, os objetivos, tanto financeiros como pessoais.
Para isso, deve ser feita uma verificação sobre as metas financeiras tendo em vista quanto tempo e quanto dinheiro será necessário para alcançar todas.
Uma dica para este passo é separar os objetivos em três prazos: curto, médio e longo.
Assim, fica mais fácil diferenciar os investimentos e as datas de vencimento dos títulos para cada meta em questão.
Após concluir estes passos, se torna possível definir a estratégia de investimentos a ser tomada, combinando diferentes títulos e ações.
Exemplo prático de carteira de investimentos
Separamos abaixo um exemplo de carteira de investimentos para um investimento de R$10.000.
Este pode ser considerado como um investimento baixo, mas que requer atenção principalmente com as aplicações de renda variável.
Vale lembrar que para as ações como a da Bolsa de Valores, um grande exemplo aqui, existe a taxa de custódia e presença do Imposto de Renda.
Além disso, temos taxas de corretagem, que podem variar entre R$7 e R$20 dependendo da operação de compra e venda.
Sendo assim, algum tipo de movimentação sem um planejamento prévio pode causar prejuízos.
Assim, para quem deseja investir com um montante máximo de até R$10 mil, o mais recomendado é optar por títulos do Tesouro, LCI/LCA ou CDB.
E algo que pode auxiliar para melhorar os investimentos é investir em cursos sobre o mercado financeiro, adquirindo maior conhecimento sobre este ramo.
Carteira de investimentos para iniciantes
Ao montar a primeira carteira de investimentos, existem alguns cuidados os quais quem está entrando no mercado financeiro deve possuir.
E a principal indicação para elaborar a carteira de investimentos para iniciantes, tendo em vista que normalmente muito se erra ao definir o perfil, é não entrar com muito dinheiro.
Assim, o aconselhado é começar com cerca de 5% ou 10% do total dos bens em investimentos que não possuam muito risco, a fim de evitar perder dinheiro.
De toda maneira, é mais fácil construir a carteira de investimentos por meio do auxílio de profissionais aptos a analisar e recomendar ativos, como Consultores e Analistas de Valores Mobiliários.
Por que montar uma carteira de investimentos?
Como visto até aqui, a montagem de uma carteira de investimento é importante para quem busca ter maior controle sobre o risco e retorno de sua atuação no mercado financeiro.
Ou seja, investidores que buscam proteger o próprio patrimônio utilizam a diversificação como ferramenta, isto é, constroem uma carteira de investimentos.
Afinal, uma carteira diversificada dilui os riscos dos ativos financeiros que fazem parte do portfólio, especialmente quando é mesclado produtos de renda fixa e renda variável.
Simultaneamente, ainda é possível identificar ativos que estão dando prejuízo ou produtos com lucro acima do esperado, fazendo o mapeamento acerca do portfólio ser mais exato.
Consequentemente, elaborar uma estratégia de investimento baseada em uma carteira se torna uma tarefa mais simples e eficaz.
Portanto, os riscos estarão dentro do que o investidor encara como aceitável, fazendo com que a gestão da carteira de investimentos seja mais prática para o investidor, especialmente no que se refere à diversificação de ativos.