Através da análise de crédito, uma empresa ou instituição financeira consegue avaliar com precisão se uma negociação é frutífera, evitando, assim, inadimplências e prejuízos.
A fim de orientar o leitor, o assunto será abordado a seguir com mais detalhes, visando trazer esclarecimentos sobre como funciona uma análise de crédito e as vantagens que isso traz para uma organização.
O que é análise de crédito?
Análise de crédito é o processo de análise da idoneidade de um determinado tomador de crédito. Em outras palavras, esse processo visa identificar se o cliente possui capacidade para pagar o crédito que será cedido.
Portanto, a avaliação de crédito é um método utilizado pelo agente cedente a fim de evitar inadimplências e prejuízos. Caso isso não seja bem conduzido, o fluxo de caixa da empresa é posto em risco.
Dessa forma, a análise de crédito evita imprevistos, garantindo que uma organização somente libere crédito para um tomador capaz de cumprir com os devidos pagamentos.
Essa análise é feita em cima dos dados do cliente. Nos casos em que uma pessoa física procura tomar crédito, analisa-se, então, as seguintes informações:
- documentos pessoais (CPF, RG, comprovante de endereço, etc);
- comprovantes de renda (últimos três meses);
- análises em órgãos como SPC e SERASA;
- demais documentos para casos específicos.
Vale mencionar que, dependendo do valor a ser analisado, podem ser exigidos mais ou menos comprovantes. Desse modo, é possível obter as informações mais precisas para cada caso.
Evidentemente, para realizar uma análise de crédito para pessoa jurídica, a documentação necessária é um pouco diferente. Portanto, utilizam-se relatórios de balanços, declarações de imposto de renda, holerites, entre outros.
Análise de crédito para pessoas físicas x pessoas jurídicas
Conforme mencionado anteriormente, é possível realizar uma análise de crédito para uma pessoa física ou, então, para pessoa jurídica. Ou seja, um determinado crédito pode ser cedido para pessoas ou para empresas.
Dessa forma, são analisadas informações diferentes com finalidades distintas. No caso de uma análise de risco de crédito para pessoa física, avalia-se a idoneidade da pessoa em questão.
Afinal, conhecendo precisamente a renda da pessoa, a porcentagem já comprometida e a existência de restrições, é possível tomar decisões com maior precisão e baixa margem de erro.
Avaliando-se também o perfil de crédito de cada tomador, fica fácil saber se determinada pessoa é apta ou não a cumprir com as obrigações de uma cessão de crédito.
Entretanto, a gestão e análise de risco de crédito para pessoa jurídica exige uma avaliação diferenciada. Nesse caso, o foco está nas informações da organização solicitante do crédito.
Por isso, é preciso avaliar os seguintes pontos:
- proposta da cessão de crédito;
- comprovantes e balanços da situação financeira da empresa;
- faturamento mensal (meses mais recentes);
- questionário direcionado para avaliação;
- análise do plano de negócios da empresa.
Com a análise desses fatores acima descritos, é possível identificar a capacidade de crédito de uma determinada empresa. Desse modo, evita-se que seja liberado um crédito incompatível com sua possibilidade de quitação.
Além disso, contando com a tecnologia disponível atualmente, é possível obter informações precisas de maneira mais rápida e simples. Isso pode, portanto, colaborar na agilidade dos processos.
Efetuando precisamente uma boa análise de crédito e risco, elimina-se grande parte das chances de ocorrer inadimplências e de acabar prejudicando o fluxo de caixa da empresa credora.
Quais instituições podem fazer análise de crédito?
Em suma, qualquer organização pode analisar crédito, desde que o façam conforme a solicitação do cliente. Isso ocorre quando uma determinada empresa deseja tomar crédito na compra de um produto ou serviço.
Entretanto, existem algumas instituições financeiras que são incumbidas de analisar e informar restrições de crédito. Tais empresas são chamadas de birôs de crédito ou órgãos de proteção ao crédito.
Esses birôs são autorizados pelo Banco Central e podem ser consultados na hora de fazer uma análise de crédito, evitando, assim, que aprovações sejam liberadas para clientes inadimplentes.
Os órgãos mais conhecidos são o SPC e o Serasa, mas também existem o Quod e o Boa Vista SCPC. Essas empresas possuem, portanto, acesso a informações mais sigilosas a respeito de qualquer cliente.
Além disso, elas possuem métricas para avaliar a pontuação de um cliente, também chamadas de score. Consultando isso, é possível saber o grau de confiança que tal pessoa representa para a cessão de crédito.
Dessa forma, é correto afirmar que os órgãos de proteção ao crédito possuem uma função muito importante nas análises internas de crédito. Através deles, uma empresa pode evitar a realização de negociações prejudiciais.
Ainda assim, vale mencionar que uma empresa só pode solicitar uma consulta junto aos birôs de crédito mediante o consentimento do cliente, segundo determinação do Banco Central.
Como funciona a análise?
A análise de crédito pode ser feita para ceder crédito na contratação de algum serviço ou compra de produto ou, então, para a liberação de empréstimos e financiamentos. Vale lembrar que é necessária a solicitação do cliente.
Por isso, a análise de crédito funciona como um procedimento de segurança, que visa eliminar riscos de inadimplências e prejuízos por parte do credor.
Para que uma análise seja feita, é necessário analisar se existem restrições e dívidas em aberto no nome do solicitante. Assim, é fácil perceber se existem hábitos de bom pagador ou não.
Depois disso, avaliam-se os scores e as métricas fornecidas pelos órgãos protetores do crédito. Afinal, uma pessoa que paga bem suas contas terá um alto score nessas empresas.
Dessa forma, analisa-se também a renda comprovada pelo solicitante. Se a renda já estiver mais do que 40% comprometida com empréstimos e financiamentos, isso é um mau sinal, visto que propicia futuras inadimplências.
Além disso, com base na renda, é possível liberar o crédito baseado na margem máxima de 30%. Ou seja, o valor da parcela do crédito cedido não pode ser superior a 30% da renda do cliente.
Nos casos de financiamento, é possível também usar algum bem do solicitante como garantia. A alienação de um veículo é, por exemplo, uma forma de garantia utilizada especialmente nesses casos.
Por fim, vale mencionar que a análise de crédito para pessoa jurídica é bem similar, apenas se diferenciando pelas informações utilizadas para realizar a análise, conforme mencionado anteriormente.