Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras administradas pelo poder público. Apesar de ter um caráter diferenciado dos bancos convencionais, esses bancos também são supervisionados pelo Banco Central.
O objetivo dos Bancos de Desenvolvimento é fornecer recursos para o desenvolvimento econômico e social por meio do financiamento de projetos. Para isso, existem dois tipos de operações executadas pelos Bancos de Desenvolvimento, sendo cada uma delas direcionada para setores distintos.
O que são Bancos de Desenvolvimento?
Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas que promovem o desenvolvimento econômico e social em diferentes áreas. Para isso, eles oferecem recursos financeiros através de financiamentos de médio e longo prazo, além de programas e projetos voltados ao crescimento econômico.
Portanto, suas principais atividades são:
- Empréstimos;
- Financiamentos;
- Arrendamento mercantil;
- Garantias, subscrição de ações e debêntures.
Os produtos bancários oferecidos costumam ser voltados às micro, pequenas e médias empresas. Em geral, os recursos captados pelas empresas são destinados para aquisição de máquinas e equipamentos, capital de giro e financiamento de projetos.
Surgimento dos bancos de desenvolvimento
O principal banco com políticas de investimentos é o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Essa entidade, que possui legislação própria, foi criada pela Lei 1.628 de 20 de junho de 1952 para ser o principal instrumento do Governo para financiamentos de longo prazo.
Para isso, ele conta com alguns reforços para atuar regionalmente: os Bancos de Desenvolvimento e as Agências de Fomento, voltadas aos governos estaduais. Além do BNDES, também existem o Banco do Nordeste do Brasil S.A. e o Banco da Amazônia S.A.
Qual a diferença entre as Agências de Fomento e um Banco de Desenvolvimento?
As Agências de Fomento contam com o repasse de recursos próprios, fundos de governo e recursos de entidades nacionais como o BNDES e a Finep. Já os Bancos de Desenvolvimento podem captar recursos de terceiros através de depósitos a prazo, empréstimos estrangeiros e a emissão de Títulos de Desenvolvimento Econômico.
Tanto as Agências quanto os BDs podem oferecer linhas de crédito para municípios de seus respectivos estados. Essas linhas de crédito possuem o objetivo de que projetos de interesse da população sejam financiados e contribuam com o desenvolvimento da área.
Além disso, também são oferecidas linhas de microcrédito e Fundos de Investimentos em Participações (FIP), esse tipo de fundo de investimento inclusive é o mais utilizado para Private Equity. Essas alternativas auxiliam o fomento de empresas com dificuldades de crédito, algo comum às startups.
Como funcionam os Bancos de Desenvolvimento?
Os Bancos de Desenvolvimento como possuem um caráter diferente dos bancos privados costuma ter um spread bancário menor. Além disso, as atividades desses Bancos são divididas em duas modalidades: passiva e ativa.
As operações passivas são relativas aos depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de células hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico.
Já as operações ativas são relativas aos empréstimos e financiamentos, direcionados de maneira prioritária ao setor privado.
Para isso, os Bancos de Desenvolvimento precisam ser constituídos em formato de sociedade anônima, com sede na capital do estado que detiver seu controle acionário. Assim, adotando em sua denominação social a expressão “Banco de Desenvolvimento”.
Qual a importância dos Bancos de Desenvolvimento?
Também chamados de BD, os Bancos de Desenvolvimento são os principais responsáveis por políticas econômicas em todo o mundo. Através de suas atuações, o mercado de capitais tem a sua evolução reforçada, fazendo com que empresas consigam se estabelecer melhor no país e, consequentemente, a economia cresça.
Portanto, o trabalho dos Bancos de Desenvolvimento também é extremamente importante para os investidores.