Para alguns, o mercado de investimento pode parecer muito complicado e incerto, inclusive com algumas palavras que pouco significam, como é o caso de “Debênture”. Mas, com a ajuda do Certifiquei, tudo pode ficar mais fácil.
Por exemplo, você já ouviu falar do Debênture? Ele é considerado uma aplicação de alto risco. Contudo, seu rendimento tem atraído muitos investidores profissionais.
O que é Debênture?
Debênture é um título de dívida emitido por uma empresa privada. Assim, o investidor que adquire esse tipo de título tem direito de crédito, podendo ser remunerado por meio de juros prefixados ou pós-fixados.
Nesse caso, em vez de uma empresa privada procurar uma instituição financeira para financiar um projeto, ela emite Debêntures e, depois do tempo acordado, paga os títulos de dívida aos credores. Isso, por sua vez, resulta em grande economia para a instituição.
De forma resumida, quem faz esse tipo de investimento empresta dinheiro para empresas privadas e recebe com juros.
Como os Debêntures são considerados um investimento de renda fixa de alto risco, eles têm rentabilidade superior do que a maior parte das aplicações. Dessa forma, tanto a empresa como os debenturistas são beneficiados.
Contudo, é importante ressaltar que tudo vai variar de acordo com os tipos de Debêntures, rendimentos e garantias propostas pela empresa emissora.
Vamos ver, em seguida, alguns detalhes sobre os principais tipos de Debêntures para que você comece a entender melhor o assunto.
Tipos de Debêntures
Embora o significado de Debêntures seja simples, a verdade é que esse investimento é de alto risco e precisar ser bem estudado.
Veja, a seguir, quais são os 4 tipos de Debêntures:
- Simples (ou não conversíveis): pode ter rendimento prefixado ou pós-fixado, com pagamento periódico de juros. Porém, esse tipo de aplicação não pode ser convertido em ações;
- Conversíveis: como o próprio nome sugere, pode ser convertido em ações da empresa emissora, transformando-se em renda variável;
- Permutáveis: nesse caso, pode ser trocado por ações de outra companhia que não seja e emissora da dívida;
- Incentivadas: são isentas de tributação fiscal, pois têm como objetivo financiar projetos de infraestrutura de utilidade pública, como rodovias, saneamento básico e transmissão de energia, por exemplo.
Naturalmente, o tipo de Debênture deve ser identificado no contrato.
Tipos de rendimento
Além de existirem diferentes tipos de investimentos, os Debêntures também têm rendimentos variados. São eles:
- Prefixado: quando o percentual de juros é definido antes que ocorra o investimento;
- Pós-fixado: não pode ser calculado antes do investimento, pois é pago no vencimento com base no CDI;
- Híbrido: o percentual de juros é prefixado e, no vencimento, há ainda o acréscimo do IPCA.
Garantias
Certamente, com o objetivo de minimizar os riscos do Debênture, as empresas emissoras podem oferecer algum tipo de garantias para o pagamento dos títulos. São elas:
- Real: em caso de falência da empresa emissora, o debenturista tem direito de usar os seus bens;
- Flutuante: em caso de falência da empresa emissora, o debenturista tem prioridade no pagamento das dívidas – caso isso seja feito;
- Quirografária: em caso de falência da empresa emissora, o debenturista terá de concorrer com os outros credores para o pagamento das dívidas – caso isso seja feito;
- Subordinada: em caso de falência da empresa emissora, o debenturista terá prioridade somente sobre os acionistas no que se refere aos ativos da empresa – caso as dívidas sejam pagas.
Vantagens e desvantagens
Embora cada tipo de Debênture tenha suas características, a principal desvantagem desse tipo de investimento está no seu alto risco.
Como o título de dívida é adquirido de uma empresa privada, em caso de falência, insolvência ou intervenção, a instituição pode deixar de honrar seu compromisso com os debenturistas.
Nesse sentido, também é importante mencionar que o Debênture não é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos.
Contudo, é com base no risco que o Debênture tem as suas vantagens. Além de escolher entre os diferentes tipos de títulos de dívida, garantias, vencimentos e remunerações, o investidor poderá ter um investimento acima da média.
Na verdade, quanto maior o risco, maior a taxa de juros, o que é ótimo para o debenturista.
Como investir em Debêntures?
O primeiro passo para investir em Debêntures é analisar os objetivos do investidor. De forma geral, esse tipo de aplicação exige tempo e estudo, pois existem muitas variáveis que devem ser levadas em consideração, como a rentabilidade.
Nesse sentido, para que o investimento em um Debênture valha a pena, ele precisa ter o rendimento maior que os investimentos mais comuns, já que o seu risco é maior.
Além disso, é importante que o vencimento da aplicação esteja de acordo com os planos do investidor, uma vez que se trata de um investimento a longo prazo. Geralmente, o resgate das aplicações varia entre 3 a 5 anos.
Outro ponto a ser levado em consideração é a tributação do Imposto de Renda, já que a rentabilidade final de um título de renda fixa pode ser prejudicada caso o investidor prefira receber os juros periodicamente.
Depois de decidir qual tipo de Debênture é o melhor para o perfil do investidor, é preciso analisar as empresas emissoras de títulos de dívida. Para isso, fique de olho em aspectos como:
- O nível de solidez financeira da empresa;
- A saúde do setor em que a empresa está inserida;
- O nível de risco de crédito da empresa (ou rating).
Por fim, para concretizar o investimento, é preciso entrar em contato com uma instituição financeira que negocie esse tipo de papel.
Além disso, se os Debêntures já estiverem em circulação, eles poderão ser adquiridos diretamente no mercado secundário.
Considerações finais
Decerto, para investir em Debêntures, é preciso ter um pouco mais de experiência no mercado de investimentos. Contudo, esse tipo de aplicação pode ser muito lucrativo, basta que o investidor esteja por dentro de todos os detalhes envolvidos.
Então, se você tem o perfil para investir em Debênture, pesquise bem as opções e entre em contato com uma instituição financeira que faça o intermédio desse tipo de transação.