Dentro do mercado de investimentos, podemos encontrar diversas opções de títulos que são emitidos por instituições financeiras, como é o caso da chamada letra financeira.
Por sua vez, a letra financeira é um tipo de investimento que possui uma rentabilidade melhor do que outras aplicações que se encaixam dentro da mesma modalidade.
O que é a Letra Financeira?
Letra Financeira (LF) é o nome de um tipo de investimento o qual os papéis são emitidos por instituições financeiras com uma intenção: captar riquezas a longo prazo.
Em outras palavras, é possível entender esse tipo de investimento como uma forma de empréstimo, uma vez que quem investe em LF está emprestando dinheiro para bancos, por exemplo.
Assim, o montante que a pessoa receberá será por esse empréstimo feito.
Além disso, existem outros pontos específicos sobre esse tipo de investimento que devemos conhecer, como:
- ele é um título de renda fixa;
- o valor mínimo para investimento é no valor de R$150 mil; e
- o prazo de investimento mínimo é de dois anos, chamada de sênior, ou então cinco anos, sendo a chamada letra financeira subordinada.
Vale pontuar, porém, que a diferença para a subordinada, além dos cinco anos mínimos, é um investimento inicial de R$300 mil.
E dentro das subordinadas, existe uma modalidade complementar onde encontramos a letra financeira perpétua, que, diferente das outras duas, possui um prazo mínimo perpétuo.
Como mencionamos anteriormente, esse tipo de investimento possui uma rentabilidade superior a outros tipos de investimentos de renda fixa, sendo essa, também, uma de suas características. Por isso, a LF tem sido cada vez mais buscada por investidores.
Como funciona a Letra Financeira?
Para explicar sobre como funciona essa modalidade de investimento, vamos seguir falando sobre o rendimento da letra financeira.
O rendimento das Letras Financeiras é atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é pós-fixado.
Porém, também existe a possibilidade de que ele seja feito de forma prefixada, o que quer dizer que quem realiza a aplicação já sabe qual será o retorno do investimento.
Imposto de Renda
Mas a letra financeira é isenta de IR?
Essa forma de investimento tem uma tributação de 15% do Imposto de Renda, que é, inclusive, a menor taxa entre as aplicações de renda fixa.
A tributação ocorre da seguinte forma:
- 22,5% para investimentos de até 180 dias;
- 20% para aplicações de 181 até 360 dias;
- 17,5% sobre investimentos com prazo entre 361 e 720 dias; e
- 15% em aplicações com mais do que 720 dias.
Tendo em vista que o prazo mínimo para esse tipo de investimento é dois anos, normalmente a porcentagem cobrada é a mínima.
Vantagens e desvantagens
Agora elencaremos todas as vantagens e desvantagens que essa forma de aplicação possui.
Como lado positivo, temos:
- rentabilidade ligada ao CDI, e maior entre os títulos de renda fixa;
- menor incidência de IR;
- facilidade para aplicar em bancos e corretoras;
- possibilidade de rentabilidade pós-fixada ou prefixada dependendo da instituição; e
- sem incidência de outros impostos e tarifas.
Porém, apesar dos pontos bons, existem também algumas desvantagens apresentadas pela LF subordinada e pelas seniores, que são:
- investimento mínimo de R$150, fator que limita o acesso a grandes investidores;
- não possui proteção do Fundo Garantidor de Crédito, ou seja, se a instituição falir você fica desprotegido; e
- possui pelo menos dois anos de vencimento para a aplicação, não existindo a possibilidade de resgatar a aplicação antes desse período.
Assim, para entrar nessa modalidade é necessário possuir, a primeiro momento, um capital elevado.
Por fim, lembre-se de que a letra financeira possui rentabilidade a longo prazo, sendo uma boa opção para o investidor qualificado que quer diversificar aplicações em sua carteira.