Conseguir uma oportunidade no mercado de crédito pode ser decisivo para realizar alguma atividade econômica. Mas, poucas pessoas entendem como funciona o sistema de crédito, na prática.
Entender o mercado de crédito não é uma atividade importante apenas para os consumidores, mas também para os profissionais que atuam direta ou indiretamente com o Sistema Financeiro Nacional.
O que é mercado de crédito?
O mercado de crédito no Brasil é importante para fornecer impulso para conseguir executar mudanças em qualquer que seja a esfera. Por isso, quem quer atuar no mundo das finanças e/ou investimentos, precisa ter alguma base de conhecimento sobre a história do crédito no Brasil.
Entender esse contexto permite dominar os assuntos passados e as suas influências no futuro das principais operações de crédito. Basicamente, o mercado de crédito funciona como um sistema de empréstimos, assim bancos públicos, privados e instituições financeiras concedem créditos para fins diversos e dessa forma, desenvolve-se o mercado de crédito.
Mas, é importante lembrar que esse organismo pode ser dividido, no Brasil, em duas formas:
- Mercado de crédito para pessoa física: crédito consignado; cheque especial; empréstimo pessoal; cartão de crédito; leasing; adiantamento de décimo terceiro salário, etc.
- Mercado de crédito para pessoa jurídica: crédito para capital de giro; crédito para projetos e compras para empresas; empréstimo para criação de negócios, etc.
Vale ressaltar que, devido a altas taxas de juros no Brasil, algumas instituições podem se tornar mais seletivas nos serviços e linhas de crédito que oferecem.
Também, um reflexo das altas taxas é visto no alto índice de inadimplência no Brasil, superando muitos outros países e fazendo crescer a lista de pessoas negativadas e organizações que acabam sem receber o valor relativo ao crédito concedido.
Quem pode oferecer crédito no Brasil?
No Brasil, as instituições que oferecem crédito podem ser:
- Empresas de cartão de crédito;
- Bancos públicos e privados;
- Administradoras de consórcio;
- Sociedades de crédito ao microempreendedor;
- Cooperativas de crédito;
- Caixa Econômicas.
Apesar de serem nomes diferentes, existem também outros aspectos que tornam distintos a forma entregue ao solicitante do crédito. E claro, o valor que é entregue ao cliente não é o mesmo que retorna ao fim do período de empréstimo.
A maioria das instituições que concedem crédito adotam um modelo igual ao formato de spread bancário.
O que é o spread bancário?
O spread é a diferença entre o valor que o banco paga ao aplicador e quanto o banco solicita de retorno ao conceder os empréstimos.
Por que o spread bancário é tão alto?
Uma dúvida comum tanto para quem solicita crédito, quanto para quem trabalha na concessão de linhas de empréstimo, pode ser difícil entender ou explicar a razão de o spread bancário no Brasil ser tão alto.
A verdade é que, para entender o funcionamento desse modelo, é preciso conhecer a sua composição:
- Custos administrativos: despesas gerais da instituição, como publicidade e propaganda; salários etc;
- Margem líquida: margem de lucro da instituição financeira;
- Depósito compulsório e encargos: gastos relacionados ao cumprimento de exigências do Banco Central e demais obrigações;
- Impostos diretos: união das despesas do banco em relação ao Imposto de Renda;
- Risco de inadimplência: uma estimativa de quanto o banco deixaria de receber, caso não existisse o pagamento referente a solicitação por parte dos clientes.
Assim, torna-se possível entender que os altos spreads bancários não acontecem apenas por um fator. Além disso, existem dois aspectos externos que podem influenciar na composição do spread, são:
- Taxa Selic;
- Baixa concorrência entre os bancos.
Por isso, quem quer trabalhar na área, precisa entender o mercado de crédito para conseguir ter maior conhecimento sobre as variáveis que influenciam na sua atividade e até mesmo, para conseguir passar mais segurança ao cliente.