Com a instabilidade econômica e política passada pelo Brasil nos últimos anos, diversos investidores passaram a encontrar no mercado internacional um modo seguro para realizar a diversificação de investimentos. Neste contexto, vale destacar a NYSE entre as diferentes opções de investimentos existentes.
O que não é à toa, afinal a NYSE é a maior e mais emblemática bolsa de valores do mundo, sendo que algumas das empresas mais valiosas da terra negociam suas ações neste mercado financeiro.
O que é a NYSE?
A New York Stock Exchange, ou NYSE, é a bolsa de valores de Nova York, sendo que este é o maior centro financeiro da economia global, isto é, em termos de capitalização, esta é a maior bolsa de valores do planeta.
Simultaneamente, a bolsa de Nova York também se posiciona entre os mercados mais tradicionais do mundo, não à toa é representada como um marco do capitalismo.
Assim, sua localização se tornou ponto turístico de uma das maiores cidades do mundo.
Sediada na ilha de Manhattan, em Wall Street, a NYSE recebe turistas do mundo inteiro ao longo do ano.
Dessa forma, o impacto causado por este local extrapola a área financeira, influenciando também alguns dos costumes culturais de Nova York.
Além disso, as empresas mais valiosas do planeta negociam suas ações neste mercado, fator que atrai investidores de todo mundo.
Neste contexto, a New York Stock Exchange se coloca como mercado de maior capitalização do mundo, sendo que a soma do valor das empresas listadas em seu pregão ultrapassa a marca de US$21 trilhões.
Portanto, conhecer a história desta bolsa é útil para quem deseja investir no mercado internacional.
História da NYSE
Criada em 1792, a bolsa de Nova York surgiu da necessidade de um mercado que centralizasse as negociações que ocorriam na cidade no período.
Simultaneamente, esta centralização também possibilitou a aplicação de uma taxa única para as negociações que envolvem títulos de valores mobiliários, isto é, esta medida favoreceu o crescimento do mercado mobiliário da época.
Tal acordo ficou conhecido como “Acordo de Buttonwood”, sendo que o documento foi assinado em Wall Street, local em que a bolsa foi construída.
Ao longo das décadas seguintes a NYSE foi se estabelecendo como um dos principais mercados de ativos mobiliários dos Estados Unidos.
Todavia, o primeiro período de destaque dessa bolsa foi no final do século XIX, época em que houve um crescimento de 600% no volume dos papéis negociados neste mercado.
Este período fez com que a perspectiva acerca daquele mercado mudasse, especialmente no que lhe concerne a capacidade para atrair novos investidores e empresas.
Não à toa, a construção do prédio onde está a bolsa de Nova York começou naquele período.
Ou seja, houve uma reformulação na perspectiva referente a este mercado de capitais.
Desde então, a NYSE passou por diferentes momentos históricos que afetaram ela e o mercado global.
Dentre estes, é possível destacar quatro pontos em especial, são eles:
- Crise de 1929;
- 2ª Guerra Mundial;
- Crise de 2008;
- Pandemia do novo Coronavírus.
Assim, é útil passar, separadamente, por cada um destes períodos destacados.
Crise de 1929
Talvez um dos momentos mais emblemáticos da bolsa de valores de Nova York tenha sido na “Crise de 29”, também conhecida como “A Grande Depressão”.
O que não é à toa, afinal este ano marca o início de uma das maiores crises econômicas dos Estados Unidos e do mundo, que perdurará até o final da década de 30.
Ainda que economistas e historiadores não cheguem a um consenso sobre os motivos que levaram a quebra da bolsa de Nova York , existem alguns fatores que motivaram a crise.
Dentre estes, talvez o principal seja a 1ª Guerra Mundial. Após o término dos conflitos, houve uma mudança radical no equilíbrio dos poderes do Velho Continente.
Simultaneamente, a maior parte das grandes potências buscava formas de se estabelecer economicamente, fator que interferiu no ouro, capital utilizado para negociação entre países.
Dessa forma, os países exportadores passaram as sofrer com as limitações do mercado europeu, fator que desacelerou a economia global.
Não à toa, o índice Dow Jones, principal indicador da bolsa de Nova York, chegou a sofrer quedas de 11% em um único dia, sendo que este dia ficou marcado como a quinta-feira negra.
Fusão com a Euronext
Outro momento marcante na NYSE foi em 2007, quando a New York Stock Exchange se juntou ao conglomerado de bolsas europeias Euronext.
Deste processo foi criada a NYSE Euronext, sendo esta a primeira bolsa de valores pan-atlântica do mundo.
Tal passo foi importante, especialmente, no processo de aproximação dos mercados dos países da Europa e dos Estados Unidos, fazendo com que a bolsa de Nova York aumentasse sua influência na economia global.
Afinal, a partir desta aproximação de dois dos principais mercados do mundo, os efeitos referentes à NYSE passaram a ter maior impacto na economia global.
Dessa forma, baixas na maior bolsa de valores dos Estados Unidos causam impactos, em diferentes graus, em todas as economias do mundo.
Além disso, a fusão com a Euronext resultou na modernização de uma série de atividades realizadas na New York Stock Exchange, incluindo a implementação de novas tecnologias.
Crise de 2008
No ano de 2008, houve outra crise que afetou o mercado dos Estados Unidos e, consequentemente, a bolsa de Nova York, no caso, a crise da subprime.
Em resumo, esta crise ocorrida ocorreu devido ao descontrole da concessão de crédito imobiliário no mercado dos EUA, isto é, parte das instituições financeiras disponibilizaram, de modo excessivo, diferentes linhas de crédito de alto risco.
Assim, em 2007, o mercado financeiro começou a colapsar com a possibilidade do colapso do mercado imobiliário com o não pagamento destas dívidas por parte dos solicitantes.
Neste contexto de crise, diversas instituições financeiras dos Estados Unidos quebraram, incluindo empresas históricas, como foi o caso do Lehman Brothers.
No que lhe concerne, a NYSE sofreu um grande impacto neste cenário, ainda mais pelo fato de concentrar a maior parte dos títulos dos bancos e financeiras do mercado norte-americana.
Não à toa, em 2008, entre a máxima de 2007 e mínima de 2009, houve uma desvalorização acima de 50% na bolsa de Nova York.
Dessa forma, as bolsas do mundo inteiro sofreram com a crise passada pela New York Stock Exchange.
Por exemplo, em setembro de 2008, a Bolsa de Valores de São Paulos, Bovespa, sofreu queda de 10% em apenas um pregão.
Ao longo da década seguinte, tanto a NYSE quanto a economia global buscou formas de se recompor do período mais elevado da crise.
Por fim, o mercado de crédito norte-americano passou por uma série de mudanças, buscando evitar que este cenário se repetisse posteriormente.
Pandemia do novo Coronavírus
Por fim, vale destacar um exemplo que extrapola as questões econômicas e sociais, porém, que impactou de forma drástica a economia global, incluindo a maior bolsa de valores do mundo.
No primeiro semestre de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o novo Coronavírus tinha caráter de pandemia global.
Fator que fez com que a rotina da população mundial, especialmente pela necessidade do isolamento para que a doença não acelerasse, ainda mais, a propagação.
Assim, a Covid-19 afetou diretamente a economia e o modo de consumo, causando um impacto no mercado global.
Não à toa, a NYSE sofreu a queda mais rápida de sua história.
Entre 13 de fevereiro de 2020 e 13 de março de 2020, a bolsa de valores de Nova York teve um acúmulo negativo de cerca de 35%.
Ou seja, em pouco mais de um mês a New York Stock Exchange perdeu um terço de seu valor.
Tal contexto ganha ainda mais destaque quando analisado que a economia global estava sendo impactado por uma quebra de paradigma, especialmente relacionado à forma de consumo.
Portanto, é possível elencar este, como um dos períodos históricos passados pela NYSE.
Como funciona a NYSE?
Apresentado a história de seu surgimento e alguns momentos marcantes da NYSE, também é relevante explicar como a bolsa de Nova York funciona.
Inicialmente, é útil indicar que esta bolsa, assim como tantas outras, funciona como uma empresa, sendo que o seu objetivo é obter lucro através das operações realizadas no mercado.
Assim, esta não é uma espécie de plataforma de negociações, prova disto é que as próprias ações da New York Stock Exchange são negociadas no mercado.
Compreendendo o básico de sua estrutura, é possível apresentar dois pontos, o seu horário de funcionamento e os tipos de ativos negociados neste mercado.
Horário da NYSE
Os pregões da NYSE ocorrem entre segunda a sexta-feira, exceto feriados, com a abertura prevista para às 9h30 e o encerramento ocorrendo às 16h, seguindo o fuso horário ET.
Ainda vale destacar que este fuso horário vale para 22 estados dos Estados Unidos, além de possuir divergência de 1h referente ao horário de Brasília, o oficial do Brasil.
Dessa forma, o investidor que busca acompanhar o pregão da bolsa de Nova York deve se atentar aos horários e fusos referentes a ele.
Ativos da NYSE
Inicialmente, vale contextualizar que a NYSE está entre as bolsas de valores mais antigas do mundo, com mais de dois séculos de atividades.
Dessa forma, diversos tipos de ativos financeiros se encontram neste mercado, porém, o mais recorrente é que as empresas centenárias concentram seus títulos neste mercado.
Assim, empresas listadas na NYSE incluem grupos como Coca Cola e Disney negociam seus papéis na bolsa.
Portanto, ainda que existam diferentes tipos de empresas negociando suas ações neste mercado, o mais recorrente é que os conglomerados tradicionais se destacam dentro da New York Stock Exchange.
Enquanto, empresas mais recentes, especialmente da área de tecnologia e inovação, costumam concentrar suas ações na NASDAQ, outra bolsa de valores de destaque dos Estados Unidos.
Ações negociadas na NYSE
Como apontado ao longo do texto, algumas das principais empresas do planeta negociam suas ações na NYSE,
Dessa forma, é útil para o investidor que busca investir em outras bolsas mundiais conhecer alguns das empresas da bolsa NYSE.
Neste contexto, é possível destacar as seguintes multinacionais:
- Coca Cola Company;
- Johnson & Johnson;
- Visa INC;
- JP Morgan;
- Walmart INC;
- Alibaba Group;
- Berkshire Hathaway.
Assim, introduzir separadamente cada um destes negócios faz parte do processo de apresentação de como é a maior bolsa de valores do mundo.
Coca Cola Company
Conhecida em todo planeta, sendo uma das marcas mais relevantes da economia mundial, a Coca Cola Company tem suas ações negociadas na bolsa de Nova York.
Criada no final do século XIX, a empresa ganhou destaque especialmente no mercado de bebidas, sendo que a Coca Cola, refrigerenta da marca, se posiciona entre os produtos mais consumidos do mundo.
Assim, esta se posiciona também como uma das empresas mais valiosas do mundo, com valor de mercado estípulado em US$200 bilhões.
Na New York Stock Exchange, o código de negociação utilizado para marcar a empresa é “KO”.
Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson é outra empresa criada no final do século XIX que tem suas ações negociadas na NYSE.
Em suma, o grupo baseia suas atividades na fabricação e comercialização de produtos farmacêuticos.
Não à toa, a empresa se posiciona como uma das maiores farmacêuticas do planeta.
Além disso, utensílios médicos e produtos para higiene pessoal também fazem parte do portfólio de produtos da companhia.
Dessa forma, o valor de mercado da Johnson & Johnson ultrapassa a marca de US$450 bilhões.
Por fim, vale apontar que a empresa está na bolsa de Nova York desde de 1980, sendo que a cotação de suas ações passou de US$1, no período, para um valor superior a US$170 em 2022.
O ticker utilizado para identificar a empresa é “JNJ”.
Visa INC
Fundada no final da década de 50, a Visa Incorporation é outra empresa tradicional que está presente na New York Stock Exchange.
O grupo é conhecido, especialmente, pelo seu trabalho no setor financeiro, especificamente no segmento de cartões de crédito.
Além disso, esta empresa se posiciona entre as maiores do setor financeiro, possuindo um valor de mercado acima de US$320 bilhões.
Por fim, a Visa é identificada na NYSE pelo ticker “V”.
JP Morgan
A JP Morgan também está entre as empresas com maior capitalização da bolsa de Nova York, ultrapassando a marca de US$362 bilhões.
Criada no século XVIII, a JP Morgan se posiciona entre as companhias mais tradicionais do mercado norte-americano, tendo como atividade principal atuar na área de incorporação de crédito.
Durante mais de dois séculso, a companhia foi ganhando destaque no mercado ao ponto de se posicionar entre as líderes globais de seu setor.
Por fim, os títulos da multinacional são identificados na New York Stock Exchange pelo ticker “JPM”.
Walmart INC
Outra multinacional conhecida globalmente é o Walmart INC, sendo que o grupo possui atividades desde os anos 60.
Com suas atividades direcionadas especialmente para o segmento de departamento, o grupo, desde sua criação, conseguiu ter influência global.
Assim, o Walmart se posiciona entre as empresas mais valiosas da NYSE e, consequentemente, do mundo, ultrapassando a marca de US$240 bilhões em valor de mercado.
Além disso, esta empresa é conhecida pela valorização que teve na maior bolsa de Nova York, com o valor de seus papéis passando, em três décadas, de 13 centavos de dólares para 130 dólares.
Por fim, os ativos financeiros da multinacional são negociados pelo ticker (WMT).
Alibaba Group
O Alibaba Group é uma das duas empresas da NYSE que possui uma capitalização de mercado acima de US$500 bilhões.
A multinacional chinesa de e-commerce foi criada no final dos anos 90, ainda assim se tornou uma das empresas mais valiosas do planeta.
Não à toa, possui influência na maior bolsa de valores do mundo, sendo que, desde 2014, tem suas ações negociadas na bolsa de valores de Nova York.
O ticker utilizado nas operações que envolvem estes ativos é “BABA”.
Berkshire Hathaway
Por fim, mas não menos relevante, é possível listar a Berkshire Hathaway, empresa com maior capitalização da NYSE bolsa de valores, ultrapassando a marca de meio trilhão de dólares em valor de mercado.
Ainda que menos conhecida que outros negócios citados anteriormente neste tópico, este negócio é uma marca para o empreendedorismo.
Desde a década 70, o negócio é gerido por Warren Buffett, um dos principais investidores da história.
Neste período, a Berkshire Hathaway passou a ter atividades supervisionando suas subsidiárias.
Nas últimas 4 décadas, o grupo teve um crescimento médio anual acima de 20% ao seus acionistas, sendo que este valor é histórico.
Assim, “natural” que a empresa superasse a marca de US$500 bilhões em valor de mercado.
Na NYSE, seus títulos são negociados pelo ticker “BRK.A”.
Índices de mercado da NYSE
Tal qual é relevante conhecer algumas das principais empresas que negociam suas ações na NYSE, também é útil saber sobre os principais índices da maior bolsa de valores do mundo.
Fator que ganha destaque quando considerado que o S&P500 e o Dow Jones Industrial Average, os dois principais índices do mercado de capitais dos EUA, não são exclusivos da NYSE.
Ou seja, estes índices também consideram outras bolsas de valores dos Estados Unidos.
Assim, existem índices focados apenas em analisar as variações que ocorrem na bolsa de Nova York. São eles, os NYSE:
- Composite Index;
- U.S.100 Index;
- International 100 Index;
- Energy Index;
- Financial Index;
- Health Care Index;
- World Leaders Index.
NYSE Composite Index
O NYSE Composite Index talvez seja o principal índice da New York Stock Exchange.
Afinal, este é o índice que mede o desempenho de todas as ações ordinárias da bolsa NYSE.
Ou seja, o Composite Index serve para demonstrar o desempenho médio da maior bolsa de valores do planeta.
Portanto, para quem busca investir na bolsa de Nova York, estar atento ao desempenho deste índice é importante.
U.S.100 Index
Por sua vez, o NYSE U.S.100 Index é referente ao desempenho médio das 100 principais empresas que negociam suas ações na New York Stock Exchange.
Assim, este é outro índice relevante para quem deseja investir neste mercado de capitais.
Todavia, é importante frisar que o desempenho de todas as outras empresas listadas na bolsa de Nova York é excluído desta métrica.
International 100 Index
Seguindo um conceito semelhante ao índice anterior, o NYSE International 100 Index é o índice referente as 100 maiores empresas não norte-americanas que negociam seus ativos financeiros na New York Stock Exchange.
Novamente, tal qual ocorre no U.S.100 Index, todas as outras empresas internacionais que não estão entre as principais, são excluídas desta métrica de análise.
Energy Index
Assim como o próprio nome indica, o NYSE Energy Index é o índice que mede o desempenho das ações das empresas de energia que negociam seus papéis na bolsa de Nova York.
Portanto, este índice é relevante, especialmente, para aqueles investidores que buscam exposição ao mercado energético norte-americano.
NYSE Financial Index
Outro índice de relevância da maior bolsa do mundo, o NYSE Financial Index mede o desempenho que as empresas do setor financeiro possuem no mercado.
Por exemplo, este é o índice que analisa o histórico de grupos como o Bank of America o JP Morgan.
Dessa forma, é importante para o investidor conhecer e analisar tal índice.
Afinal, as principais empresas financeiras dos EUA negociam seus ativos na bolsa de Nova York.
NYSE Health Care Index
Seguindo a lógica da Financial Index, a NYSE Health Care Index também é voltada à análise de empresas de um setor específico do mercado, neste caso, o de saúde.
Assim, este é o índice que mede o desempenho que as empresas da indústria de saúde possuem na New York Stock Exchange.
World Leaders Index
Por fim, mas não menos relevante, o NYSE World Leaders Index é o índice que analisa o desempenho que as 100 principais empresas norte-americanas e as 100 principais empresas não norte-americanas possuem na bolsa de Nova York.
Ou seja, este é o índice que mede as movimentações de mercado de empresas que impactam diretamente a economia global.
Como investir na NYSE?
Ao longo do texto foi apresentado o que é a maior bolsa de valores do mundo.
Todavia, ainda que seja interessante investir em Wall Street pelo Brasil, esta tarefa não é tão simples, especialmente por não haver um ETF específico para este mercado.
Dessa forma, o investidor que deseja investir direto na maior bolsa de valores do mundo pode optar pelas Brazilian Depositary Receipts (BDR).
Afinal, as BDRs são ações de empresas norte-americanas negociadas na bolsa de valores brasileiro.
Assim, o investidor brasileiro também consegue adquirir papéis de empresas negociadas na bolsa de Nova York.
Portanto, investir pelo Brasil nas empresas que fazem parte da NYSE, e, ainda que complexo, pode ser uma alternativa para quem busca a diversificação da carteira por meio de ativos internacionais.