Quem nunca forneceu os dados para uma compra online ou cadastro em diversos sites, não é mesmo? Com o acesso frequente às nossas informações, fica o questionamento: como manter a privacidade na Internet?
A privacidade na Internet é algo que vem sendo constantemente discutido e analisado, principalmente após a criação da Lei Geral de Proteção de Dados.
O que é privacidade na Internet?
Também conhecida como privacidade digital, a privacidade na Internet é, em âmbito geral, uma ação tomada a fim de manter o controle sobre a exposição e disponibilidade de dados de internautas.
É uma ação de responsabilidade da empresa dona de determinado domínio na Internet. Sendo assim, ela se torna responsável por controlar como e quais informações concebidas pelo cliente poderão ser:
- compartilhadas para terceiros na Internet;
- acessadas; e
- gravadas.
Essa ação é justamente para evitar os eventuais riscos de violação de dados, seja ele por rastreamento, vigilância ou até mesmo o roubo de informações.
Por conta do desenvolvimento tecnológico e na integração de dados pessoais, surgiram diversas discussões sobre o que pode ou não ser compartilhado sem consentimento.
Essa, por sua vez, é uma questão que se tornou cada vez mais frequente, fazendo com que fossem geradas as leis sobre privacidade e proteção de dados.
De tal maneira, entende-se que leis de proteção de dados, como a LGPD e GPDR, por exemplo, possuem como foco evitar que os usuários sejam lesados das mais variadas formas.
Além disso, também é necessário ter em mente o que é invasão de privacidade na Internet para entender melhor quais os riscos que uma pessoa corre navegando pela rede.
Sendo assim, pode-se entender que ela é basicamente o compartilhamento de vídeos, fotos, documentos que exponha dados pessoais ou então a invasão de alguma conta sem a autorização do titular.
Para ficar mais claro, um bom exemplo para este caso é a exposição da vida pessoal de uma pessoa através do compartilhamento de fotos ou vídeos.
E quando ocorre uma situação como essa, que se enquadra como um crime cibernético, existem diversos efeitos negativos que o titular de tais informações pode sofrer.
Torna-se altamente necessário ter cuidado com a privacidade e proteção dos dados, sejam eles sensíveis ou não.
Existe uma forma de garantir a privacidade na Internet?
Uma vez ciente dos riscos que existem ao navegar na rede, a dúvida que fica é justamente sobre como garantir a privacidade na Internet, afinal este é um ponto importante.
E isso se torna crucial, tendo em vista que existe uma troca de dados constante quando uma pessoa usa a Internet, seja para ver a caixa de e-mails ou pesquisar um produto.
Dessa forma, torna-se necessário que haja a segurança nessa troca para evitar situações como o vazamento de dados pessoais.
No entanto, vale pontuar que a segurança é uma atitude que parte, principalmente, da empresa dona daquele site ou endereço Web. Afinal, ela é a responsável direta pela captação e os tratamentos subsequentes que os dados terão.
E, para garantir que as medidas tomadas pela empresa estão de acordo com as leis que ditam isso, existe uma regra.
Esta, por sua vez, é a política de privacidade, que deve ser apresentada ao cliente antes que ele comece a fazer uso do produto ou serviço.
Contudo, a empresa apenas pode conceder o uso do usuário uma vez que ele tenha concordado com os termos, sendo então o chamado consentimento.
Dessa maneira, a empresa tem então a permissão para coletar e tratar os dados daquela pessoa.
Em contrapartida, vale ressaltar que a coleta de informações não é algo errado.
O problema, no entanto, se dá quando é feito o uso indevido dos dados de clientes e usuários.
Logo, a relação existente entre privacidade na Internet e uso de dados de usuários deve sempre buscar um mesmo fim: proteger o internauta.
Somado a isso, existe o ponto de evitar eventuais fraudes ou ataques aos dados.
Para isso, a empresa deve fazer uso das mais variadas formas de segurança da informação.
A mais recomendada é o uso de um banco de dados criptografado, oferecendo acesso apenas para o usuário e colaboradores da empresa.
Como manter a privacidade na rede e para que serve?
Existe uma série de passos os quais uma pessoa pode tomar, conforme o possível em suas mãos, para assegurar e controlar quem detém seus dados pessoais.
Dentre elas se encontra também o âmbito de privacidade nas redes sociais, algo bastante discutido atualmente.
Confira então as medidas que podem ser tomadas para manter a privacidade:
- fazer uso do Virtual Private Network (VPN), uma rede virtual particular;
- proteger o endereço IP da máquina com o proxy.
- utilizar serviços de e-mail criptografados;
- navegar na Internet de forma anônima, evitando que sejam captados os chamados cookies e outros dados;
- utilizar as contas em redes sociais no modo privado, não revelando informações pessoais para qualquer pessoa que entrar no perfil;
- manter a webcam do computador desligada, a menos que esta vá ser utilizada;
- evitar manter contas abertas no navegador do computador;
- dar preferência para navegadores que assegurem a proteção de identidade do usuário; e
- não fazer uso da personalização de anúncios em serviços.
Agora, ao falarmos sobre a finalidade da segurança e privacidade na Internet, é necessário ter em mente um ponto citado anteriormente.
Privacidade está vinculada à possibilidade de controlar o tipo de compartilhamento ou o uso de dados sobre cada pessoa.
Sendo assim, através da privacidade o internauta pode limitar o que outra pessoa saberá sobre ele, entre outras ações.
Vale pontuar que a privacidade é considerada como um dos direitos humanos fundamentais para que exista a dignidade humana e autonomia.
De tal forma, preservá-la se torna-se algo necessário, principalmente com o advento da Lei Geral de Proteção de Dados.
Afinal, entre outros pontos, a lei prevê garantias de autonomia e controle sobre informações ao usuário.
E, para as empresas que não seguirem as medidas, as consequências podem ser de sanções e multas em valor de até R$50 milhões.
Qual é a importância da privacidade na Internet?
Garantir a privacidade na Internet e uso de dados de usuários de forma legal, é uma pauta recorrente.
Afinal, muitos se questionam se realmente existe privacidade na Internet, tendo em vista que os ciberataques não são difíceis de acontecer.
E para entender o valor que a privacidade na rede possui, é necessário entender como acontecem os ataques.
Um ataque à privacidade é, de certa forma, uma investida direta contra a liberdade de forma geral. Sendo assim, pode ser classificada como um risco à democracia.
De tal forma, compreendemos que a privacidade por si só é a barreira entre o que é público e o que é privado.
Ou seja, através dela o internauta pode assegurar que suas informações não estão visíveis e disponíveis para qualquer pessoa na Internet.
Desse modo, foram criadas as leis contra crimes virtuais, que é um dos maiores problemas quando falamos em privacidade, e para promover a proteção de dados.
Afinal, é por meio destas medidas de proteção adequadamente implementadas que se torna possível garantir que haverá a proteção e segurança devida para os dados pessoais.
Relação entre privacidade e a Lei Geral de Proteção de Dados
Como citado algumas vezes neste artigo, atualmente existe uma grande discussão quanto à insegurança e falta de privacidade na Internet.
Contudo, uma das atitudes que visa melhorar essa situação é o advento da Lei Geral de Proteção de Dados.
Ela, por sua vez, tem como foco alterar as regras de tratamento sobre os dados pessoais a fim de proteger direitos fundamentais da liberdade e privacidade do titular destes.
Aqui, no entanto, cabe tanto para ambientes virtuais como fora das redes.
De tal forma, existe uma relação entre ambos uma vez que através da legislação serão, entre outras medidas, evitados os riscos de privacidade na Internet.
Agora, para garantir essa segurança, é necessário que o site possua uma página com a política de privacidade.
Além disso, de acordo com a LGPD, a empresa que utiliza dados pessoais em sua operação precisa, necessariamente, realizar um mapeamento do uso de dados pessoais.
Junto deste deve-se incluir qual o método de segurança aplicado e propostas de solução em caso de problemas.
Por fim, deve ser indicado quais profissionais dentro do setor de TI serão responsáveis pela resolução destes.
Para isso, no entanto, pode ser elencado um outro profissional o qual possui especialização nesta área.
Este, por sua vez, é o Encarregado de Proteção de Dados (DPO), um cargo conquistado através de certificações.
De toda forma, caso uma empresa queira melhorar a sua imagem em termos de privacidade e proteção de dados e, consequentemente, aumentar o número de clientes, uma indicação é estar de acordo com a lei.
Afinal, além de garantir uma maior proteção dos dados e privacidade na Internet para os clientes, estar de acordo com a legislação evita problemas como sanções e multas.