Investir em um negócio que não é saudável financeiramente pode causar um grande prejuízo posteriormente. Todavia, há formas de se evitar está escolha, e, entre as mais indicadas, está a análise dos indicadores de risco de um a empresa, com destaque para o rating no negócio.
Isto porque o rating é uma espécie de nota sobre a credibilidade da empresa, isso é, um demonstrativo do quão confiável é um negócio, para isto este indicador avalia questões que vão desde back office da companhia, até assuntos ligados a macroeconomia.
O que é o rating
O rating, também conhecido como classificação de crédito, é uma ferramenta financeira utilizada para avaliar o risco econômico representado por um negócio ou um país, sendo que esta atividade é feita por uma instituição financeira especializada neste tipo de tarefa, conhecida como agência de classificação de risco.
O grande objetivo deste indicador é apresentar ao investidor e credor a real situação financeira do negócio em questão.
Ou seja, elucidar a sua capacidade de cumprir com seus compromissos financeiros.
Ainda vale destacar que o valor da classificação de crédito não é definitiva, sendo que este valor muda de acordo com as mudanças que ocorrem internamente em uma companhia ou país.
Assim, é necessário que a agência de análise refaça seu estudo acerca daquele agente econômico e atualize a nota do mesmo, sendo que este valor pode cair ou aumentar.
Para ficar mais claro está atividade, é necessário entender como funciona a classificação de rating.
Funcionamento da classificação de crédito
Inicialmente é necessário destacar que o para se definir o rating são considerados uma série de fatores, que vão desde a gestão daquela empresa ou país, até o momento macroeconômico global.
Assim, é natural ver aspectos sociais, políticos e, até mesmo, naturais, interferindo na classificação de crédito de um agente econômico.
Ainda assim, existem alguns fatores que se destacam em uma análise de rating. Neste sentido é possível listar algumas informações financeiras como, por exemplo:
- Fluxo de caixa;
- Capacidade de alavancagem;
- Situação econômica e política do país;
- Taxa de juros;
- Segurança do balanço financeiro;
- Projeções financeiras no médio e longo prazo.
Dessa forma, é possível perceber que é feito uma análise completa sobre as finanças do agente econômico, sendo considerados tantos dados qualitativos, quanto quantitativos.
Não à toa, afinal a economia funciona através de diversas engrenagens, assim, caso o país esteja passando por um momento de instabilidade, está situação será refletida na situação financeiras das empresas que atuam naquela nação.
Ou seja, um efeito de macroeconomia frequentemente debatido entre profissionais que atuam na área.
Portanto, tão fundamental quanto entender o significado de rating, é compreender como é feita a definição desta nota.
Definição da classificação de crédito
Normalmente, as instituições financeiras responsáveis por está avaliação enviam seu corpo de profissionais para monitorar as finanças de um agente financeiro, sendo que os mesmos consideram as informações já citadas anteriormente.
Além disso, este tipo de consulta também engloba reuniões com os responsáveis pela parte financeira do agente econômico.
Ou seja, geralmente a empresa ou nação monta um comitê de profissionais que visam atender os agentes.
Após este processo, o corpo de profissionais determina uma classificação, no qual são considerados alguns critérios, como, por exemplo:
- Gestão;
- Valor de passivos;
- Equilíbrio orçamentário;
- Possibilidade de insolvência.
Através destas informações, é determinado a escala de rating daquele agente econômico.
As projeções são um fator determinante para que está classificação seja positiva ou negativa.
Assim, caso os dados apresentados indiquem um caminho de evolução e melhor, as chances de uma elevação na nota aumentam.
Enquanto, se as perspectivas forem baixas, a tendência é que a classificação diminua.
Tipos de rating
Em relação ao funcionamento da classificação de crédito há ainda um último ponto a se analisar, que são os tipos de rating existentes.
Está classificação é dividida da seguinte forma:
- Grau;
- Nota.
No primeiro tipo, a principal característica é este ser um dado binário, dividido entre grau especulativo, em que estão agentes econômicos que representam maior risco, e grau de investimento, no qual as entidades indicam um menor risco.
Este formato é utilizado para auxiliar os investidores, que buscam ter uma noção mais exata sobre o potencial daquele investimento.
Já o grau de nota classifica a entidade as através de uma série de scouts.
Assim, o investidor possui uma quantidade maior de dados acerca do agente econômico e de sua situação financeira.
Agências de rating
Por fim, mas não menos importante, existem as agências de rating.
Ainda que existam diversas instituições que executem este papel, três empresas, conhecidas como “big three”, se destacam neste ramo, representando cerca de 90% do mercado.
São elas:
- Standard & Poor’s;
- Moody’s;
- Fitch.
Standard & Poor’s
Standard & Poor’s, também conhecida como S&P, talvez seja a agência de risco mais conhecida do planeta.
Com atividades desde o ano de 1860, ao longo das décadas está se tornou uma das instituições financeiras mais renomadas dos Estados Unidos e do mundo.
Vale destacar que seu modelo de avaliação é aplicado desde a década de 40, período em que houve a fusão entre a Poor’s Publishing e a Standard Statistics.
O foco de atuação da S&P é na avaliação de títulos públicos e privados.
Moody’s
Criada no início do século XX, em 1909, a Moody’s é outra instituição financeira de renome dos Estados Unidos.
Está é uma empresa atrelada ao mercado financeiro, sendo que já recebeu um aporte financeiro da Berkshire Hathaway, empresa controlada por Warren Buffett, um dos nomes mais conhecidos do mercado financeiro.
Ainda no contexto de bolsa de valores, a Moody’s tem suas ações negociadas na NYSE desde os anos 90.
Fitch
Concluindo o “big three” há a Fitch, sendo está a agência de rating mais “nova” do trio.
Fundada no ano de 1914, a empresa se tornou uma das grandes instituições financeiras do planeta, possuindo sedes nas cidades de Nova Iorque e Londres.
Ainda vale ressaltar que, entre o “big three”, a Fitch representa a menor parcela do mercado, representado 15% da área de classificação de crédito.
Todavia, está segue como uma das empresas de relevância para o setor.
Por fim, vale ressaltar que todas estas empresas de rating têm grande influência no mercado global, não à toa o setor de classificação de crédito é tão importante no universo de finanças, sendo inclusive tema de questões de provas de certificação, como é o caso da CNPI.