Um ponto muito recomendado para pessoas que desejam alcançar a independência financeira, sejam elas investidoras ou não, é possuir uma reserva de emergência.
Mas a reserva de emergência não serve somente para isso, afinal, ela é essencial para que uma pessoa passe por situações emergenciais sem prejuízos para o bolso, evitando cair em dívidas.
O que é uma reserva de emergência?
Reserva de emergência é uma quantia de dinheiro considerada essencial que todos tenham em mãos para eventuais emergências financeiras que podem acontecer.
Dentre as possíveis situações que podem acontecer e que se torna útil possuir um fundo de emergência, podemos citar:
- um acidente de carro;
- ser demitido do emprego;
- necessidade urgente de reforma em sua residência ou troca de algum equipamento; e
- falecimento de algum colega ou familiar.
Além disso, possuir um fundo emergencial pode ser algo importante para momentos como a aposentadoria, por exemplo.
Afinal, por meio dessa reserva é possível passar por momentos inesperados de forma segura e sem afetar de forma direta suas finanças, evitando cair em dívidas ou precisar de empréstimos para manter as contas positivas.
Por que é aconselhado ter dinheiro em caso de emergências?
A primeiro momento, devemos analisar que esse tipo de fundo serve para prevenir a pessoa contra eventuais situações que não foram previstas em um planejamento financeiro.
Essa reserva funciona de maneira parecida a uma proteção, evitando com que ele tenha prejuízos financeiros. Por isso, é altamente aconselhado que todas as pessoas possuam um montante emergencial, a fim de evitar maiores problemas.
E isso se dá uma vez que acasos não podem ser previstos ou evitados, mas é possível diminuir os danos causados por eles.
Agora, se nada acontecer, a pessoa não sai em prejuízo também. Aliás, muito pelo contrário, ela se beneficia bastante se não tiver nenhum imprevisto ou problema.
Afinal, caso ela possua essa reserva, o dinheiro estará rendendo por se encontrar em um investimento que, na maioria dos casos, é conservador e mais seguro dos que os demais.
Contudo, vivemos em um país onde poucas pessoas estão preparadas para eventuais imprevistos. De acordo com dados da Anbima, cerca de 52% dos brasileiros não possuem uma reserva emergencial.
Isso porque vivemos em um país onde, normalmente, o “agora” é priorizado e poucas pessoas se preocupam com o futuro. Isso pode gerar um grande prejuízo financeiro para as pessoas caso ocorra alguma situação inesperada.
Portanto, é aconselhado contar com uma quantia destinada a reserva de emergência em um planejamento financeiro, a fim de que ele seja realmente efetivo.
Quanto eu devo ter de reserva de emergência?
De acordo com alguns especialistas, o cálculo da reserva de emergência deve somar, pelo menos, seis meses dos custos mensais fixos que o indivíduo possui.
A intenção de tal valor é justamente para possuir uma segurança e tranquilidade caso surjam eventuais problemas.
Porém, dependendo da situação da pessoa, da família e dos objetivos e planos que ela possui para o futuro, pode ser aconselhado dobrar o valor, tendo então o equivalente a 12 vezes o custo fixo.
Vale lembrar que o custo fixo é tudo o que é necessário pagar a cada mês e que os valores mudam com pouca frequência, quando são alterados.
Como exemplos aqui temos: aluguel, preço do condomínio, contas de consumo como internet e energia, entre outros.
Agora, para ficar mais fácil de entender, vamos a um exemplo prático.
Uma pessoa precisa de, pelo menos, R$3.000 por mês para manter a qualidade de vida. Nesse caso, é aconselhado que ele possua seis vezes o valor para se manter seguro, chegando a um total de R$18.000 na reserva.
Como guardar dinheiro de forma efetiva?
De maneira geral, a forma mais efetiva de se guardar a reserva de emergência é aplicando-a em algum título que possa trazer rentabilidade sobre o valor aplicado, permitindo que o dinheiro renda enquanto não é usado.
Além da rentabilidade, isso permite que o dinheiro esteja em um local seguro e que não seja utilizado se realmente não se tratar de uma emergência.
Contudo, é preciso considerar quatro características fundamentais na hora de escolher o título de aplicação da reserva de emergência. Assim ele precisará:
- não ter volatilidade;
- possuir alta segurança;
- ser de curto prazo e de resgate facilitado; e
- possuir uma boa liquidez.
Assim, para a pergunta de onde investir a reserva de emergência, temos algumas possibilidades como:
- tesouro Selic;
- fundos DI, que normalmente são de renda fixa;
- títulos de crédito privado de liquidez diária; ou
- poupança.
No caso da poupança, ela não é a opção mais recomendada, afinal, a utilizando é possível perder oportunidades de melhor rentabilidade, uma vez que ela rende somente uma vez por mês.
Agora, tendo em vista que o Tesouro Selic é o investimento mais seguro em nosso país, ele é considerado por alguns profissionais do mercado financeiro como o melhor investimento para reserva de emergência.
Afinal, por meio desse título, o investidor somente não recebe o dinheiro de volta caso país quebre, algo que é menos provável do que um banco ou entidade financeira.
Por outro lado, esse tipo de aplicação possibilita resgatar o dinheiro diariamente e tem uma rentabilidade diária, ou seja, a cada dia o valor investido pode aumentar.
Dicas para fazer a sua reserva de emergência
Agora, após entendermos melhor sobre esse montante tão importante e recomendado para todos, separamos abaixo uma série de dicas as quais você pode seguir para criar a sua reserva agora mesmo.
Antes de guardar dinheiro de fato, é necessário realizar um bom planejamento financeiro. Assim, todas as contas devem ser organizadas, e pagas, bem como é necessário entender qual o valor recebido mensalmente, tirando impostos, e todos os gastos.
Esse é um ponto muito importante, uma vez que, sabendo exatamente os gastos, se torna mais fácil realizar os cálculos e planejamentos financeiros, cortando consumos desnecessários.
Dito isso, podemos seguir para os passos seguintes, que são:
- realizar um comparativo entre ações, títulos, ativos e outros possíveis investimentos a fim de encontrar o melhor;
- estipular um valor que será guardado a cada mês, sendo uma meta realista conforme as contas; e
- aplicar, mensalmente, a quantia definida nos investimentos para reserva de emergência.
Vale dizer que a pessoa deve ter comprometimento para sempre depositar o valor na aplicação escolhida.
Uma outra alternativa para começar a juntar sua reserva, além de reduzir gastos, é aumentar sua receita mensal. Esse é considerado como um passo mais rápido para aumentar o valor da reserva.
Uma boa dica, nesse caso, é vender produtos e artigos não mais utilizados, trabalhar como motorista de transporte ou entregas, entre outros.
Porém, vale pontuar que esse caminho pode ser mais exaustivo quando somado a fonte de renda primária da pessoa.
Quando retirar o dinheiro da reserva e o que fazer após utilizá-lo
Quando falamos sobre situações as quais pedem que seja retirado o patrimônio acumulado no fundo, devemos ter em mente que elas são situações ocasionais e singulares.
E o aconselhado a se fazer sempre que retirados recursos do fundo é dar prioridade para a sua reposição. Afinal, você precisará ter o valor novamente para se manter em segurança contra acasos.
Por isso, nunca deixe o seu fundo totalmente zerado, pois isso pode gerar dívidas ou outros problemas.
Sendo assim, a reserva de emergência deve caminhar junto de um bom planejamento das finanças pessoais a fim de possuir uma vida financeira saudável.