A proteção e privacidade na internet é um dos pontos que foram mais questionados conforme as tecnologias foram sendo desenvolvidas. Sendo assim, o conceito de segurança cibernética surgiu como uma proposta de solução para estes problemas.
Contudo, é necessário que as medidas que compõem a segurança cibernética sejam seguidos corretamente para garantir a defesa do internauta enquanto navega nos mais variados sites.
O que é segurança cibernética?
Segurança cibernética, é, basicamente, um conjunto de atitudes que exercem influência sobre pessoas, processos e as tecnologias a fim de evitar os chamados ciberataques.
Agora, olhando sobre outra perspectiva, podemos analisar que ela é uma ramificação dentro da segurança da informação, apesar de estes pontos serem constantemente confundidos.
Vale pontuar que este tipo de proteção visa, de forma direta, proteger dados e os prevenir dos chamados ataques cibernéticos.
Estes ataques, por sua vez, se tornaram cada vez mais constantes com o desenvolvimento da tecnologia cibernética, tornando necessário ter uma cautela maior ao navegar na rede.
Também vale citar que, atualmente, existem diversas formas em que hackers mal-intencionados podem contaminar dispositivos.
Por isso, conhecê-los se torna um ponto fundamental quando falamos em evitar que quaisquer problemas de vazamento ou acesso não autorizado possam ocorrer.
De quais maneiras podem ocorrer os ciberataques?
Tendo em vista que a melhor forma de prevenir eventuais problemas é o conhecimento, elencamos, a seguir, os tipos de invasão que ocorrem com maior frequência.
- Adware: um tipo de ataque no qual a pessoa que o orquestrou tem a intenção obter informações sobre o internauta;
- Cavalo de Troia: um tipo de malware (um software malicioso) que fica escondido em programas que aparentam ser inofensivos;
- Ransomware: conhecido como sequestrador digital, é um software que é instalado e codifica dados do sistema, geralmente causando bloqueio ao acesso de usuários;
- Spyware: este é um tipo de software de espionagem dos dados do titular, dado o acesso de senhas, contas bancárias e dados do cartão de crédito aos hackers;
- Vírus: um programa ou código utilizado para causar danos ao computador, corromper os arquivos presentes no sistema e destruir dados, que também pode infectar outros computadores na mesma rede;
- Worms: forma mais antiga de vírus pela qual o computador era contaminado, normalmente enviado por meio de anexos em e-mails.
Vale pontuar que o Cavalo de Troia não afeta outros arquivos presentes no computador ou dispositivo. Contudo, ele fica coletando informações do usuários e procurando por brechas de segurança.
Isso ocorre até o momento em que o titular perde por completo o controle de seu computador para o criminoso que realizou o ataque.
Os worms, por sua vez, têm como principal problema a capacidade de espalhar o vírus. Afinal, diferentemente do vírus que ainda pode ser combatido após infectar o dispositivo, o usuário acaba ficando sem qualquer tipo de controle já no primeiro momento.
Qual a importância deste tipo de defesa na esfera virtual?
Uma vez analisados quais são os tipos de ataques cibernéticos que um usuário pode sofrer, seja ele uma pessoa física ou jurídica, nos resta entender qual é a importância da chamada cyber security.
E, tendo em vista que atualmente as pessoas em todo o mundo confiam muito nas tecnologias e, consequentemente, os dados digitais aumentaram, este é um ponto de alta importância.
Afinal, assim como é armazenada uma grande quantia de dados nos mais variados dispositivos, estes dados são transmitidos por meio das redes o tempo todo.
Agora, uma vez que estes possuem suas respectivas vulnerabilidades e brechas de segurança, existe o risco de que sejam invadidos.
Quando isso acontece – normalmente através de uma exploração por parte de algum hacker – diversos prejuízos são causados a empresa que sofreu o ataque.
Isso porque existe uma série de consequências que a instituição pode sofrer, principalmente com o advento da LGPD.
Possíveis prejuízos
Entre os possíveis resultados desse tipo de ataque e os prejuízos mais prováveis para a empresa afetada, podemos citar:
- sanções que podem chegar a um valor máximo de R$50 milhões;
- mancha na imagem da empresa;
- perda de clientes bem como da confiança por parte dos consumidores e parceiros.
Além disso, a empresa ainda pode perder as vantagens competitivas que possuía, caso sejam furtados dados como arquivos de origem de projetos ou até mesmo de propriedade intelectual.
De tal forma, podemos analisar que possuir um bom gerenciamento de segurança cibernética é importante para evitar qualquer um destes problemas.
Afinal, os ataques na internet são, infelizmente, muito comuns atualmente, não importando o tamanho da empresa potencialmente atingida por eles.
Sob outra perspectiva, estes ataques são muito lucrativos para os hackers que os realizam uma vez que, na maioria dos casos, é cobrado um valor alto para não divulgar as informações roubadas.
Tendo em vista que o preço do “resgate” dos dados roubados é inferior ao da multa que a empresa pode sofrer pela ANPD, a instituição se torna propensa a negociar com o criminoso para não sofrer punições legais mais pesadas.
Existem medidas para assegurar a proteção de dados pessoais?
Apesar de existirem muitas formas em que podem ocorrer os ataques cibernéticos, atualmente existe uma série de maneiras para evitá-los com eficiência.
Em primeiro lugar, vale lembrar que o internauta deve possuir muito cuidado ao navegar na internet, uma vez que, mesmo com as soluções e formas de proteção, os hackers desenvolvem novos programas constantemente.
Muitas vezes o ataque é feito com programas tão complexos ao ponto de ativarem, automaticamente, uma forma de contra-ataque diante da possibilidade de defesa por parte do alvo.
Sendo assim, cabe ao CSA (CompTIA Cybersecurity Analist), também conhecido como analista de cyber security, da empresa buscar novas formas de proteção.
Como potencializar a segurança cibernética?
Felizmente temos, hoje, um cenário no qual existem diversos recursos de proteção. De tal forma, não somente as empresas podem assegurar uma maior proteção para seus clientes, mas também qualquer tipo de usuário se manter seguro diante da possibilidade de ter seus dados pessoais acessados por criminosos.
Para isso, portanto, há algumas diretrizes e medidas que podem ser seguidas como, por exemplo:
- utilizar Points of Sale (PoS) com novas técnicas de segurança, evitando o furto de informações pessoais e dados de cartões;
- atualizar os patches de segurança dos produtos que se encaixam como pertencentes à “internet das coisas”;
- criptografar pastas ou bancos de dados com soluções específicas de segurança, que podem analisar a existência e capturar eventuais malwares da rede;
- fazer uso de um bom antivírus.
O último passo, no entanto, não é uma grande novidade uma vez que já se fala sobre eles há muito tempo.
Ainda assim, existe um número de pessoas que não utiliza este tipo de programa, permanecendo mais fragilizado e desprevenido contra ataques cibernéticos.
Este é um ponto muito importante, uma vez que os antivírus promovem uma prevenção, principalmente, contra os vírus conhecidos como ransomware.
Assim, a pessoa fica mais vulnerável a ataques que podem bloquear o sistema operacional ou o acesso ao dispositivo. Vale pontuar, ainda, que este é dos ataques mais temidos por empresas, sendo necessária atenção extra para evitar que eles ocorram.
Diferenças entre segurança e cibernética segurança da informação
Uma vez entendidos todos os pontos que dizem respeito à defesa cibernética, cabe então explicar qual é a diferença entre esse ponto e a segurança da informação (SI).
E, como citado anteriormente, a segurança da informação é o guarda-chuva que abrange tanto a segurança digital quanto a cibernética.
Contudo, é necessário entendermos que antes mesmo de ambas surgirem, existia a segurança de Tecnologia da Informação, que possuía um foco maior na proteção dos próprios ativos; ou seja, dos trabalhadores deste setor.
Sendo assim, logo em seguida veio a segurança da informação, que tirou o foco do hardware e o colocou nos dados, de fato. Como consequência, tudo o que oferecia riscos para estas informações começou então a ganhar maior destaque.
É a partir desse momento, então, que ela se divide em duas categorias: segurança digital e cibernética.
Assim, enquanto a digital possui foco na não violação de confidencialidade, integridade e autenticidade, a segunda é centrada em lidar com riscos do ciberespaço.
O ciberespaço, por sua vez, envolve não somente a internet como todo e qualquer tipo de comunicação entre computadores. Logo, a SI é mais ampla do que a cibernética, uma vez que trata de todos os riscos os quais os sistemas de informação podem possuir.
Como adequar a segurança cibernética de acordo com a LGPD?
Por fim, um ponto o qual devemos ter em mente é a relação existente entre segurança cibernética e LGPD.
Afinal, não é incomum sabermos sobre casos de vazamento de dados pessoais ou uso indevido de informações.
Estes são enquadrados como problemas causados pela falta de segurança no ciberespaço. E, além disso, ainda se enquadram como atos que geram punições segundo a Lei Geral de Proteção de Dados.
Cabe pontuar que esta legislação possui como principal intuito assegurar a privacidade e o controle dos dados pessoais ao seu devido titular. Assim, esta é uma ação que evita diretamente o uso mal-intencionado dos mesmos.
Para isso, no entanto, as empresas devem realizar uma série de medidas de adequação à lei para oferecer uma proteção maior e segurança completa aos clientes.
Para estar de acordo com a lei e melhorar a proteção, são recomendados passos como, por exemplo:
- estudar minuciosamente a lei, mapeando demandas e passos para a adequação;
- contratar um profissional como Encarregado de Proteção de Dados (DPO) com certificados;
- fazer integração entre as equipes, deixando todos cientes das exigências da lei para evitar problemas;
- criar um mapeamento dos dados pessoais coletados pela empresa para analisar processos;
- avaliar o impacto que a adequação à lei causa sobre cada processo de atuação da empresa;
- planejar novos processos que devem ser feitos pela empresa, analisando ajustes que serão implementados e qual será o período de testes e execução;
- analisar o exemplo das empresas europeias com o advento da GDPR;
- documentar todos os tratamentos de dados pessoais feitos;
- reforçar a proteção dos dados por meio das mais variadas tecnologias disponíveis no mercado.
Além disso, para garantir uma boa segurança cibernética, o mais aconselhado é que a empresa tenha parceiros especializados na legislação, que possam oferecer auxílio para estar de acordo com todos os pontos previstos na LGPD.